Repetição de termos: nunca, né, pelo amor de Deus, né, repita demais termos como “né”, “haja vista”, “isto é”, “realmente”, enfim, qualquer pausa de discurso. O máximo que você vai conseguir é que no coffee break os ouvintes comparem contagens e estatísticas: “na minha ela falou 180 ´nés´”, “ah, mas eu contei 247 ´isto és´”.
Não leia a apresentação em PowerPoint: das duas uma, ou o PowerPoint tem informações complementares ao seu discurso (e vice-versa), ou é melhor eliminá-lo ou eliminár-se. Se tudo o que você tem a falar está no arquivo, para quê você serve?
Aprenda a mexer no projetor do PowerPoint: principalmente se em algum momento você quer causar uma surpresa no público. Vai ser muito chato se no momento exato, naquele slide decisivo do impacto, você passa de uma vez trinta deles ou desliga o projetor com o controle-remoto. A propósito, verifique se as pilhas do controle tem uma carga minimamente aceitável.
A surpresa tem realmente que ser surpreendente: meio óbvio, mas nem todo mundo se liga. Se você pretente usar uma informação única, exclusiva, realmente inusitada para deixar todo mundo de boca aberta, que ela realmente o seja, ou você corre o risco de parecer desatualizado. Exemplo: vai usar um vídeo? Evite hypes como o da Dove, do Sanduíche-íche ou Jeremias, são batidos, todo mundo já viu. Você não é a única pessoa na face da Terra que conhece o YouTube, que assina RSS ou lê a Veja, a Época, InfoExame e equivalentes.
NÃO fale da sua vida pessoal: a não ser que você tenha uma vida extraordinária ou seja o assunto da sua própria palestra, vide Amyr Klink, não interessa a ninguém que sua filha de 10 anos tem celular e que você comprou uma televisão de plasma de 150 polegadas no leilão do Mercado Livre. Você não importa em 99% dos casos, na verdade, se sua apresentação for chata e inútil, sua morte ali mesmo, na frente de todos, pode ser mais interessante que seus hábitos de consumo.
Conheça seu público: ou ele vai sair por aí escrevendo posts mal-criados criticando seu trabalho. Se vai falar para cozinheiros, não apresente a frigideira, se são geeks, não mostre a internet como se fosse a última novidade tecnológica. Se não tem nada a acrescentar para aquelas 200 pessoas famintas, muitas vezes suadas e doidas por um banho depois de um dia de trabalho, melhor ficar na sua, caladinho, é mais objetivo e produtivo para todos os envolvidos.
Muito bom o post. Também é desnecessário ficar mexendo os braços como maestro, porque tem plestrante que se sente o maestro.
ResponderExcluirnao entendi nada disso nao explica nada esse esse exto
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